10 de novembro de 2015

Hello, Integrado

Oi! Faz anos (drama) que não dou notícias sobre como vai a PP da Unisanta, mas minha vida acadêmica teve 1 milhão 358 mil imprevistos e muita coisa passou na (perdão) Rotina. 

Porém sigo firme e não posso deixar o segundo ano ser concluído em branco. Logo percebi que o curso concorda. Por isso, o presente da vez é o (drum rolls) Integrado!

Trabalho integrado é uma coisa que existe na PP Unisanta nos segundo e terceiro anos e é quase uma preparação pro TCC. 

Ele é muito menos livre e muito mais orientado, e como o próprio nome diz, integra os conhecimentos de todas (ou quase todas) as disciplinas. Eu não estou tão estranhada com esse job porque acompanhei o segundo ano de 2014 preparando o deles, porém isso não significa que estou amedrontada com a minha experiência.

O processo é o seguinte: recebemos um representante de uma agência de Santos que vai nos apresentar o cliente e um briefing. No nosso caso, a agência foi a Tyaro - que pra ser sincera eu não conhecia, mas gostei muito do que ele apresentou - e nosso cliente realíssimo é a loja de presentes Relicário.

Eu vi um grande desafio nesse cliente, porque mesmo conhecendo a loja e os produtos encontrei um fator que dificulta: a Relicário é uma loja estritamente local. Como mídia, arriscar e inovar se torna quase impossível. Como criação, temos que trabalhar de forma nova mas sem chocar o público fidelizado com uma estética e conceito de marca que não seja o já familiar.

O job inclui filme de 30" para TV aberta, spot/jingle, anúncio de revista, outdoor e adesivagem de vitrine. 

Nosso processo de criação vai bem, obrigada (sem spoilers) e nosso processo de produção vai ainda à la finada (niili): correndo desgovernadamente porém com boas expectativas futuras.

Creio que teremos um vlog com como foi o processo de filmagem e produção e com certeza vou deixar por aqui o resultado da apresentação final à banca avaliadora (que inclui professores e agência) no dia 04 de dezembro. Wish me luck, wish me neverending coffee.


Beatrice.

29 de setembro de 2015

Desculpagentepeloamordedeus.com

Queridos, perdoem-me. Desde que voltei a Belém, minha vida tem sido uma bagunça que vezes me diverte, vezes quero dar uma voadora em alguém (queeeeem nunca). Tenho estado ausente no blog por conta de milhares de compromissos. Prometo ver alguma entrevista com o Bolsonaro em sinal de autopenitencia. Mas vamos ao post:

(não tão) Recentemente, entrevistei a simpática Carla Bichara, dona da James Brownie. Depois de uma mini-palestra dela na Muvuquinha, não deu pra segurar a vontade de saber mais dessa empresa que, apesar de jovem, já tem um conceito muito bem definido graças à perspicácia da Carla e, claro, nós lindos publicitários. Hoje a James Brownie é presente em vários pontos em Belém e compete em pé de igualdade com empresas de fora aqui na capital. Atualmente possui 15 mil curtidas no Facebook e 13 mil seguidores no Instagram. Tá bom pra você?

1) Eu já falei um pouquinho sobre você no Rotino, mas conte-me um pouco sobre como surgiu o James Brownie.
O James Brownie surgiu de uma brincadeira despretensiosa de publicar brownies no Instagram – rede que se transformou, mais tarde, em um forte canal de vendas e de feedback de clientes. Digo que descobri um sonho que não sabia que tinha e que me fez muitíssimo feliz. Mesmo sem a intenção de angariar compradores de brownie, que logo mais vim a entender que se tratava de clientes e de um produto – as publicações começaram a viralizar e a demanda cresceu ao ponto de me fazer abrir mão, naquele momento, de minha vida profissional e acadêmica inteiramente ligada ao Direito. Foi então, na terceira semana de publicações do que viria a se tornar de fato um produto, que percebi que estava apaixonada pela combinação “brownie + redes sociais + alegria”. No terceiro mês disso tudo, ainda com 1 funcionária apenas, e com a produção montada de maneira improvisada na sala de minha casa, recebemos a encomenda de uma grande quantidade de brownies que nos possibilitou mudar para a sede onde hoje funciona a fábrica do James Brownie – momento de formalização da empresa e de contratação de mais funcionários.

2) Como você definiria a imagem da empresa?
O James Brownie não acorda para vender doces. Acordamos para vender felicidade. E mais do que isso, acordamos, hoje, com o propósito de vender felicidade e impactar positivamente nossa região. É um desafio imenso – e pode soar prepotente. Mas a verdade é que reconhecemos o papel das pequenas empresas no desenvolvimento das cidades, da economia e da sustentabilidade – e, ainda a passos muito curtos, mas não menos genuínos, buscamos traçar um futuro diferente, mais comprometido com uma gestão de felicidade da equipe James Brownie, com a destinação certa de nossos resíduos e com a sustentabilidade de todos os processos internos de fabricação. É um sonho alto, diria, um “sonho grande” – que nos move e que nos faz acreditar na rentabilidade nos moldes de redefinição do conceito de sucesso e de lucro. Um dia chegaremos lá. Nas redes sociais, já interagimos em primeira pessoa, através de um mascotinho super descolado, e criamos colunas que permitam trazer mais conteúdo para nossas redes – já que são nelas que as pessoas buscam aliviar a correria do dia-a-dia – comprando alegria e um bocado de descontração ao distribuir likes conscientes e participativos em nossas publicações. Ficamos felizes com isso.

3) Como é a sua relação (como empresária) com a agência que cuida da publicidade do JB?
Tenho uma excelente relação com a agência Ovelha Negra, que gerencia e cria conteúdo para as redes JB. Iniciei um negócio de maneira muito amadora, diria sensitiva, intuitiva – havia necessidade urgente de terceirizar a comunicação. Ora, em tempos de vendas via Instagram, Facebook e outras redes, precisamos investir em quem fará isso melhor do que nossa intuição. Profissionalizar fotos, textos, conteúdo e, sobretudo, linguagem a representar a voz de nossas redes, foi um passo fundamental para estarmos caminhando para 1 ano e 7 meses de JB – com muita vontade de criar coisas novas e ganhar vida longa. Ainda somos uma empresa bebe, mas já entendemos que o pulo do gato, na era em que estamos, está intrinsicamente ligado ao visual. Das redes, das fotos, dos produtos, das embalagens – sendo estes a materialização visível de nosso propósito, que é vender felicidade. Adoro estar perto da criação das campanhas, estratégias e posicionamento – diria que minha relação com a agência é de um casamento que vem dando certo.

4) Você tem uma noção muito boa de Marketing mesmo tendo outra formação acadêmica. A partir de qual momento você percebeu que a publicidade é fundamental para a sua empresa?
Acredito muito que as pessoas de sucesso, assim como os negócios de sucesso são movidos por um propósito que os move e que os representa. Tudo que é feito com propósito tende a frutificar mais do que aquilo que é feito mecanicamente, movido tão somente por satisfação financeira. No início da empresa, ainda quando atuava na informalidade – vi acontecer em torno do produto uma “rede de gentilezas” – isso significava que as pessoas que compravam o produto, ou indicavam para outros amigos – ou compravam para si e também para presentear. Achei esse movimento fantástico, gentil e rentável. É o bonito gesto de comprar pensando em si e no outro. E, percebia que isso se devia à embalagem feliz, à comunicação próxima com os clientes – já que era um negócio muito pequenino. Logo constatei que nosso propósito precisava ser comunicado de maneira profissional, precisávamos espalhar felicidade de maneira mais incisiva nas redes sociais – e não há melhor saída do que contratar um bom serviço de publicidade – sobretudo por uma agencia que não prostitua esse serviço, que tenha a mesma visão de cuidado com os clientes e com as contas que adota.

 5) Quais são os planos futuros para o James Brownie?
O James Brownie é uma empresa bebe com uma vontade enorme de crescer e de trazer impactos positivos para nossa região. Hoje estamos com 21 pessoas na equipe, a fábrica/loja na Gentil, um quiosque no Boulevard e cerca de 60 pontos de revenda do produto. Nesse 1 ano e 7 meses, podemos dizer que já nos reinventamos algumas vezes e estamos buscando entender nosso papel no mercado. Uma coisa é certa, temos sonhos grandes, um pouquinho mais de experiências, boas e ruins, e um futuro pela frente que estamos traçando – decidindo qual melhor caminho para expansão de nosso propósito por outras regiões. De toda forma – seremos felizes se conseguirmos “chegar lá” com a vontade de sermos melhores para o mundo. É tão difícil, soa como utópico, mas não cansamos de sonhar assim.

Carla, nós do Rotino desejamos todo o sucesso e que a JB expanda suas fronteiras mais ainda <3 é muito lindo ver uma empresa regional se impor no mercado, principalmente quando comandada por uma mulher (#girlpower). Esperamos ter mais oportunidades de bater um papo pra contar mais façanhas desse cara simpático, e, claro, super doce.

8 de julho de 2015

Muvuca Suave

Eaí Rotinolindos, como vão? Iniciando o conjunto de posts que tenho planejado, vou falar um pouco da Muvuquinha, o pré-evento da Semana de Comunicação da UFPA que rolou na última quarta (1º). Antes de mais nada, achei fancy a ideia de um encontro mais intimista e descontraído, mas que já dá um gostinho (vocês entenderão o trocadilho futuramente) do que vai vir futuramente - amigos, podem esperar meu pré-aniversário, pré-casamento, pré-ceia de natal e por aí vai.

A Muvuquinha desse ano teve um tempero além da Comunicação: gastronomia. Quem já veio aqui no Pará sabe que a nossa culinária típica é muito bem preservada, e mais do que isso, repaginada para o resto do mundo ao mesmo tempo em que mantém suas tradições. Pra falar disso com muita propriedade foram chamados Marcelo Mendes, consultor e especialista em Marketing, além de professor da própria UFPA; Carla Bichara, dona da viciante James Brownie (e que [spoiler]não falarei muito sobre pois vai ter post só dela[\spoiler]); e Jéssica Santos, hoje na área de Planejamento da NTR – Grupo Norte, e que *plot twist*, já cuidou da conta da JB no Facebook.


O bate-papo foi muito interessante por trazer assuntos que se interligam totalmente e a gente nem percebe, tipo internet, culinária, e comunicação, e mais do que isso, as várias possibilidades que temos pra falar de um determinado assunto. Como Jéssica disse, “mais importante do quê eu comunico é porquê eu comunico”. É muito legal ver que a Publicidade e Jornalismo possuem estímulos pra crescer cada vez mais no Norte <3 #humanaspower

foto: Facebook Muvuca na Cumbuca
Talvez o post tenha ficado um pouco longo, mas queria pedir minhas sinceras desculpas oferecendo este bombom de cachaça de jambú que a Kaiporas distribuiu pra gente:


   Yan.     

5 de julho de 2015

Mudancinhas

A Rotinofobia é algo curioso. Quando achamos que a praticamos de fato, a vida vai lá e PÁ na nossa cara dizendo “hm, então quer dizer que você quer brincar de cigano?” e as coisas dão uma reviravolta que você nem imaginava. O que quero dizer com esta anedota? Minha volta a Belém. Pois é. Por motivos de M.A.E (Merdas Acontecem Esporadicamente), voltei a morar na minha tão querida Cidade das Mangueiras. Não vou mentir: isso não era o que eu planejava no momento; mas sabe, se tem algo que eu aprendi nessas dezoito primaveras, foi a tentar ver algo positivo em tudo que acontece comigo. E depois de refletir um pouco, tenho boas notícias a vocês:

Tem coisa mais rotinofóbica que um blog escrito por duas pessoas em cidades diferentes? Yas mama, eu e Bea seremos correspondentes um do outro e compartilharemos esse processo aqui; consequentemente, vou aparecer com mais frequência neste lindo blog – sim, confesso que tenho sido um pai ausente. Acredito que essa mudança nos abre um leque de novas oportunidades, lugares e pessoas novas pra falar aqui, por isso recebo esta (não tão nova) fase de coração aberto e com meu radar pra coisas interessantes ligado ao máximo. Esperamos que você aí abrace as mudanças da vida e o desejo pelo novo junto com a gente. Um beijo e um bombom de cupuaçu,

Yan.

25 de junho de 2015

O que você quer que eu queira

Eu sou uma pessoa over analítica, quase neurótica. Para dar uma ideia, hoje estava com muitas manchas vermelhas no corpo e quando entrei no banho, senti dores no tronco. Logo pensei: estou com dengue, meu Deus! Fiquei um minuto debaixo da água quente, passou: estava com frio.

Além de momentos de vergonha pessoal como esses, essa minha característica pessoal me faz pensar demais nas decisões que eu tomo em minha vida, pequenas ou grandes. De toda forma, isso vem mudando de uns tempos para cá. Passei a morar com mais pessoas em casa, o que me fez precisar pensar menos em mim e mais na big picture.

Na big picture, um fenômeno maravilhoso acontece: os problemas parecem cada vez menos importantes. Então, se eu comecei achando que tinha vinte problemas, acabo normalmente com um ou dois problemas e alguns... empecilhos. Empecilhos são facilmente descartáveis.

E fui vivendo assim, sem negligenciar nenhuma responsabilidade (pelo contrário, me tornando ainda mais responsável), mas de forma mais leve, e sem me cobrar tanto. E foi aí que irrompeu o grande acontecimento que me leva a esse texto: as cobranças alheias.

Uma das coisas que parei de fazer nesse momento de mudança (vocês podem notar rolando a página um pouco mais) foi escrever no Rotinofobia. Estava fazendo falta, mas eu compreendia o motivo da pausa, logo não me perturbava.
Outros planos continuavam figurando em minha mente, mas estavam longe de serem colocados em prática, então também não os citava aos amigos. E fui preenchendo meu dia com coisas mais palpáveis e instantâneas. E isso foi causando incômodo à minha volta.

Desde então, percebo o quanto a sociedade nos força a querer coisas. Querer coisas tem moda, também. Tem momentos em que você deve querer descansar. Querer relaxar. Querer trabalhar mais. Querer comer menos glúten. Querer comer mais pizza. Querer sair mais. Querer ficar mais em casa. Querer viajar mais. Querer mudar. Querer tirar um ano sabático. E assim começamos a querer o que os outros querem que queiramos (complexo, ufa!).

O quanto isso vale a pena? Creio que não muito. Quando parei de analisar (tanto) a vida para saber o que queria fazer, comecei a fazer muito mais. Estou mais presente nas redes sociais. Saio mais. Meus dias são mais produtivos. Converso mais com meus avós, trabalho mais, brinco mais com meus cachorros. Tudo aquilo que eu não tinha nem tempo e nem coragem de fazer quando estava ocupada tentando saber se queriam que eu fizesse tudo aquilo.

Talvez eu não tenha sido muito clara (afinal estou over analisando), mas o que queria compartilhar, enfim, é que na situação atual de nossas relações, ouvir menos o que o mundo tem a lhe dizer pode ser o que vai, definitivamente, te colocar em sintonia com o mundo.

Beatrice Ojea

24 de março de 2015

Risqué que amávamos

Há algumas semanas atrás escrevi no meu outro blog, o Brinquei de Fashionista, sobre os esmaltes da Risqué. Elogiei reformulação da embalagem, elogiei cores que voltaram para a linha, estava feliz e amando a Risqué. Então, eles lançam não só uma nova campanha, mas uma nova coleção! E eu vou olhar. E eu me deparo com a coleção Risqué "Homens que amamos". Já logo me veio o "Quê? As pessoas que usam esmalte são obrigatoriamente pessoas que amam homens?". Mas aí pensei "bom, se eles querem segmentar assim, risco que eles correm". E fui ver as cores. Não me lembro, não sei nem se os esmaltes são cor de rosa ou verdes. Mas não consegui esquecer que eles tem nomes como "André fez o jantar", "Fê mandou mensagem" e "João disse eu te amo". Além de estranhamente cômicos, esses nomes foram dados às cores porque ela é (segundo a campanha da coleção) "Inspirada nos homens que fazem a diferença na vida das consumidoras" e são "Tributos aos pequenos gestos diários dos homens". 



Mas é exatamente por isso! São gestos pequenos. Muito pequenos. Pra começo, esses gestos não merecem um "tributo", eles já devem ser naturalmente compensados com reciprocidade. É esse o papo da igualdade, não é?
Felizmente, não fui a única a achar a campanha muito estranha. Na rede social mais amável do mundo (apesar de todos usando-a para xingar muito), o Twitter, a hashtag #homensrisque bombou. Foi primeiro lugar nos TT's Brasil no dia de lançamento da coleção. Aí você pensa: "Então foi um sucesso!". É... pros consumidores foi um sucesso sim.
A hashtag estava sendo usada (entre outros tipos de crítica) para dar outras ideias de nomes para esmaltes da Risqué, do tipo:


e até esse da Casa da Mulher do NE:
A campanha contra é extremamente válida, porém o hotsite da coleção continua no ar e, apesar das matérias até do Jornal O Globo, a Risqué parece não ter sentido cócegas.

Fico triste quando tenho que comentar um deslize da propaganda brasileira, mas elas têm sido bastante comuns. A Skol ainda está se recuperando do deslize machista do Carnaval e a Risqué lança assim, quase sem deixar a gente respirar, uma campanha (com coleção de produtos!) que reforça os padrões de:

a) Homens serem gentis é uma atitude plausível de homenagem
b)Só mulheres heterossexuais usam esmalte
c)Até o esmalte que só as mulheres heterossexuais usam tem que ter uma referência masculina.

Agora resta esperar mais um pouco pra ver se a crítica repercute e a Risqué é obrigada a se curvar, ou se vai conseguir abafar o caso e escapar de fininho.

E vocês? O que tem achado desses frequentes escorregões das marcas com o público?

bisous, Beatrice.

Imagem: divulgação
Fontes: Twitter @kissyouoff, Twitter @CMNordeste, Brainstorm 9, Jornal O Globo 

21 de março de 2015

Vai ter Cosplay

Hoje eu vou mostrar o primeiro trabalho das aulas "Drika evolution". A Estética I e II do primeiro ano se transformou em Humanidades I e II e, embora não sejam continuações, os conteúdos (e principalmente os trabalhos) são similares.

O primeiro era um trabalho para os outros trabalhos. Confuso? Então pera. Na verdade, o que a gente precisava fazer era uma espécie de ficha da equipe, para a professora fazer as anotações dos outros trabalhos no verso. Criação da Drika, o nome "oficial" pra isso é Carômetro.